"A luz da alegria deve ser o facho
continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias divesas e principalmente as de
indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se
destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar
entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós
mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos
alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejarmos para alguém, hoje,
suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula
os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem
estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições
demonstra incoerência. Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, por isso, não pede aversão, mas,
entendimento.
O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro
de outrem, reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure, mas
necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam
justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à
tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais
amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte
inexaurível da Verdade.
Você, amostra da Grande Prole de Deus, carece
do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba, pois, refletir o mundo em torno,
recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e
indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior,
somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida."
(CHICO XAVIER)
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